quarta-feira, 21 de maio de 2008

Caminho da Fé, dia 4









































Olha pessoal, prometo que termino hoje. Afinal são 4 dias de conversa.






Vamos lá!!!






Saímos de Campos do Jordão depois de um bom café da manhã (o melhor de todas as pousadas em que ficamos - Pousada dos Peregrinos). Antes de sair, a mesma rotina, arrumar a caminhonete, checar as bicicletas (a minha estava com uma raia de roda quebrada, a do Paulo estralando o pedivela e por aí afora). Tiramos umas fotos na frente da pousada, acompanhados do dono e uma linda cadela branca, não sei a raça, nem se tinha raça, mas era bonita.






O Pedro foi com o Beto na caminhonete, o joelho não estava bom. Teríamos pela frente uma boa serra, de uns 30 km de descida, para depois fazermos um pedal só em baixada para chegar em Aparecida, mais ou menos uns 40 km. Só Asfalto.






A serra era bonita, com mais movimento que a de São Bento, mas tranquila de se descer. O pessoal desceu agrupado, sem problemas. Teve gente que quase perdeu a bermuda, mas ficou só no quase. Chegando na parte baixa, combinamos que não passaríamos de 30 km/hora. Mais ou menos. Fomos indo assim, a estrada era boa, tinha uma ciclovia, paramos para tirar foto na ponte do Capivari, o Douglas furou o pneu(de novo)... e de repente começamos a andar a 34 km/hora. Nessas horas e que dá para notar o efeito do vácuo gerado por quem vai à frente. Quando chegamos no trevo de Aparecida estávamos cansados, o grupo dispersado, e todos falando do sprint final. Foi bom!!






Entramos na área da Basílica, atravessamos a multidão de fieis, e deixamos as bicicletas todas agrupadas. Era perto de meio dia, e era horário da missa, assim alguns a assistiram, outros ficaram conhecendo os arredores, cada qual com suas crenças. Mas acredito que todos agradeceram a viagem bem sucedida, os desafios vencidos, a integridade do grupo.






Fomos então para um hotel, gente conhecida do Luizão(bikessauros), onde pudemos tomar um banho e almoçar. Foi muito bom, porque viajar de volta em um ônibus, sem banho, não ia dar.






Almoçados e banhados, fomos acomodar as bikes no ônibus. Deu trabalho mas deu certo. Por sorte 4 bicicletas iam voltar na caminhonete do Luizão para Varginha, se não não caberia.






Viemos embora. Quem não estava lá pode imaginar, um bando de homens em um ônibus pequeno jogando conversa fora. Só fazendo outra peregrinação para pedir perdão de tanta bobagem conversada. Vão ficar na lembrança a estória do macaquinho e do elefante, personificados pelo Tenda e pelo Valdir, a piada do grilo e do besouro, as solicitações dos serviços do Douglas (dentista) quando das ameaças de quebrar os dentes de alguém, o Gijo reclamando do Marquinho, a parada para a pamonha, a parada para o pé de moleque, etc,etc,etc (me falha a memória). Enfim, chegamos muito bem, graças a Deus, e fomos todos apanhados pelos familiares em frente a oficina do Gijo, onde já deixamos as bikes para a revisão.






Finalizando, não tenho más lembranças de todo o passeio. Ao contrário do que pensam alguns, que não poderia ver bicicleta por algum tempo, só tenho a dizer que só não vou amanhã de novo porque tenho de trabalhar. Caso contrário, tenho a sensação de que o mundo seria pequeno para aquelas duas rodas. Agradeço a todos que me acompanharam nesse passeio, por que de alguma forma deram uma força. Espero também ter dado alguma força aos companheiros. E aos que ainda não foram, não tenham medo, vão.






Grande abraço,






André

2 comentários:

Anônimo disse...

Bellissimo!

Gostei mais porque tudo o que nos fizemos foi bem feito!

Fizemos com garra e com prazer!

Que é tudo!

Ciao. Luciano

Anônimo disse...

Grande relato, André! Não é fácil traduzir em palavras um evento com tantas emoções, mas você conseguiu transmitir muito bem a aventura. Essa incursão pelo Caminho da Fé foi marcante pelo caminho em si, mas principalmente pela harmonia e amizade que imperou. Parabéns aos Ciclovulcanos pela organização perfeita e pelo sucesso. Agradeço pela gentileza e ótima acolhida que tive entre vocês.
Como terminamos, às vezes, nossos relatos, "Vida longa aos Ciclovulcanos!".
A você, André, parabéns pela sensibilidade com que descreveu os fatos.
A todos, um abraço e até logo.

Rodrigo
Bikessauros/Varginha